
Uma separação familiar é sempre vivida com intensa mágoa.
São demasiadas memórias que vêem à mente, quase que um processo de luto, no qual a figura está viva.
Podem irromper sentimentos de abandono, e culpa, com a recordação dolorosa de uma jornada a cessar. Para os filhos do casal recém separado, a conjuntura pode tornar-se verdadeiramente complexa. A criança sofre pelas mesmas razões dos adultos, a modificação que ocorre na existência, pelo afastamento, ou porque sente a perda de um dos pais, ou porque os experimentam dissociados e tem que se compartilhar entre eles. Este procedimento torna-se mais delicado se os pais não administrarem esse afastamento de uma forma equilibrada e sem conflitos.
Na época do Natal estes sentimentos de os pais decidirem com quem a criança vai ficar, por vezes a colocarem o peso dessa decisão na criança, fazendo-a sentir-se culpada, quer escolha um ou o outro. De maneira a diminuir este tipo de padecimento na criança, é essencial que o casal mantenha uma relação estável, de amizade e harmonia de forma a transmitirem à criança que apesar de separados, estão juntos para ela. Devem conversar com ela sobre as decisões relativas ao Natal sem culpas ou mágoas. Decidindo sempre em união. Sabe-se que por vezes essa condição ideal nem sempre é praticável.
Por isso num processo de divórcio será necessário haver um acompanhamento psicológico que ajude a orientar este tipo de situações e sentimentos. De forma a apoiar a família a saber viver com os ocorrências da vida e a ultrapassá-los transformando-os constantemente em algo objectivo e edificante para a existência.
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