
Viver sem as expectativas é apreciar a grandeza encantada da essência. Quanto mais acontece o espanto no que ocorre, sem a antevisão ou demarcação do seu curso, maiores são os fundamentos de que o que é angustiado acabe mesmo por suceder.
É paradoxal, mas é assim que a existência se desdobra, de uma forma instintiva e genuína, fluindo de maneira melodiosa, em profunda reciprocidade com quem se entrega ao seu ritmo.
Aderir a esta aprendizagem reivindica uma forte segurança e a veracidade de que, vivendo em franqueza e desprezando falsos objectivos, se está cada vez mais perto de uma total sintonia com o sentido divino da entidade.
Nos momentos em que existe uma profunda angústia, deseja-se algo como se a vida derivasse do valor de determinado propósito, então, é a hora correcta para parar e reflectir realmente sobre a vida numa prisão de desejos artificiais.
Desembaraçar-se da opressão não implica exercícios admiráveis, somente a intenção de descobrir a fonte de poder que mora no interior.
É a direcção a uma nova percepção, e só ela nos pode libertar de um estado de amargura e possibilitar o alcance da paz.
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